Olá, espero te encontrar bem!
Já faz um bom tempo desde a última vez. Pois mantar o trabalho docente regular, a pesquisa, fazer quadrinhos ( es outras coisas) e ainda ter que lhe dar com as contingências que atravessam a rotina, não é tarefa fácil.
Mas não se preocupe, vou focar no que interessa!
No finalzinho de maio foi a abertura da exposição PUBLIQUE! Que ficará aberta até o dia 15 de Junho, no Departamento de Artes Visuais da UDESC.
Estou participando com 2 trabalhos!
Os meus trabalhos RELÓGIO e CINCO, que eu costumo chamar de quadrinhos, na verdade se encontram na fronteira entre o quadrinho, o zine, e o livro de artista. São publicações experimentais que ocupam esse território limiar, de trânsito livre, agregando as possibilidade poéticas de todas esses campos, propondo uma experiência que busque romper com a anestesia.
Ambos os trabalhos foram selecionados para a exposição PUBLIQUE! Que faz parte da programação do Simpósio – Publicações de artistas: diálogos entre o impresso e o digital, organizado pelos membros da Pesquisa Raízes Poéticas e apoio do Grupo de Pesquisa Articulações Poéticas (PPGAV/UDESC).
Se você estiver de bobeira em Santa Catarina, dá um pulinho lá!
Há poucas semanas, chegou da gráfica uma nova tiragem do meu zine RAPSÓDIA, agora em um novo formato.
A nova edição, surge agora em um formato totalmente novo, como um zine de dobra de 8 páginas, em breve disponível.
Juntamente com a nova tiragem de RAPSÓDIA, outros projetos começam a tomar forma, em preparação para a 7ª da Bienal de Quadrinhos de Curitiba, que, presencial, pela primeira vez depois de duas edições online realizadas durante a pandemia (2020 e 2021) e cinco anos desde a sua última edição presencial em 2018.
O tema da vez é “Resistências, existências: quadrinhos e corpos plurais”. A homenageada da edição é a letrista Lilian Mitsunaga, responsável pelo letreiramento das edições brasileiras dos quadrinhos da Disney e criadora de fontes para edições brasileiras de obras de Will Eisner e Craig Thompson, entre outros. A curadoria é formada só por mulheres: Mitie Taketani, proprietária da Itiban Comic Shop; Maria Clara Carneiro, pesquisadora, tradutora de quadrinhos e professora do departamento de Letras Estrangeiras Modernas da UFSM; e Dandara Palankof, tradutora, editora no estúdio de produção editorial de super-heróis da Mythos Editora e coeditora da Revista Plaf, especializada em quadrinhos. Entre os artistas convidados e convidadas, já confirmaram presença Ilustralu, Marcelo D’Salete, Marília Marz, Ramon Vitral, Carol Ito, e Tai Silva.
Texto disponível no site
Meu outro projeto, ainda não divulgado, também se trata de um zine, que você vê aqui em primeira mão:
VEJA COM AS MÃO é um pequeno zine-manifesto no formato de um folder vertical dobrado e colorido (frente e verso) com 29,7 x 21 cm, que procura evidenciar a necessidade de experimentar fisicamente algumas obras que encontram na sua materialidade um elemento essencial para a experiência e construção de sentido da obra, além de ser também um convite ao leitores que passarem na minha mesa nos eventos, que venham ver os meus trabalhos... com as mãos!
Outra novidade, é o meu novo banner que, se tudo der certo, será inaugurado na Bienal de Curitiba.. ou mesmo antes!
As novidades não vão parar por aí, espero que nas próximas newsletters, eu já consiga trazer mais novidades dos demais projetos em andamento.
Na Vida docente e acadêmica, as coisa também andam a todo vapor!
De um lado, caminhando para o final de semestre na instituição privada, encerrando as disciplinas e demandas a fins. Do outro, Greve nas 7 Universidades Estaduais do Paraná, suspensão do calendário acadêmico, muita luta e articulações pela data base e outras pautas imprescindíveis para a manutenção da Universidade Pública, gratuita e de qualidade para todes, tendo como resposta o desdém e o silencia evasivo do (des)governador do paraná...
Em meio a tudo isso, estou terminando de organizar a 1ª MOSTRA DE CINEMA E VÍDEO INDEPENDENTE DO CURSO DE ARTES VISUAIS DA UEL, que terá sua estreia marcada com o retorno das atividades acadêmicas. Você pode conferir o Teaser aqui.
Estou feliz e empolgadíssimo com essa mostra! Os meus queridos alunos, alunas e alunes do 3º ano fizeram um trabalho espetacular nessa suas primeiras incursões na linguagem audiovisual.
Serão mais de 20 curtas de diversos gêneros, do documental ao experimental, do poético ao anedótico, incluindo animação! Não vejo a hora de ver essa produção ganhando o mundo. O oficial de divulgação e demais informações sobre a estreia em breve!
E por fim, foi divulgado a pouco a carta de aceite para as comunicações submetidas para a 7 Edição das Jornadas Internacionais de Histórias em quadrinhos que acontecerá na USP entre os dias 22 a 25 de agosto.
Minha proposta de comunicação foi aceita! Abaixo, o resumo aos interessados:
Processo de descolonização do quadrinho contemporâneo brasileiro: entre o local e o global
A ideia de uma “arte global” vem substituindo a ideia de “arte mundial”, associada ainda ao patrimônio da arte em perspectiva colonial. Desde meados da década de 1980 há tentativas de se demarcar e compreender o que se convencionou chamar de globalização (ANJOS, 2005; BELTING, 2013; HOBSBAWM, 1995) assim como a tentativa de apreender suas diversas implicações em nosso mundo contemporâneo. Ao abordar esse movimento de globalização, para além de suas implicações econômicas, políticas e sociais, nos ateremos apenas a algumas de suas implicações simbólicas e culturais em nossa tentativa de entender o processo de decolonização do quadrinho contemporâneo brasileiro que tende a se globalizar e escapar à lógica do centro, adentrando no fluxo de trocas simbólicas crescente, abarcando lugares cada vez mais distantes num processo que podemos chamar de internacionalização.
É isso.
As últimas semanas foram agitadíssimas, e as próximas não serão diferentes! Se cuide e cuide dos seus. Faça algo por você essa semana, pra variar e olhe pro céu, ele esteve lindo por esses dias.